Com o tema “Sucesso”, o IDIS realizou no dia 5 de outubro, em São Paulo, o Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2017. Com recorde de público, de mais 220 pessoas, estiveram presentes representantes de grandes empresas, organizações da sociedade civil e famílias de filantropos. As plenárias e debates tentaram responder questões como: O que é sucesso no investimento social privado para famílias, empresas e comunidades? O que é sucesso quando se aborda problemas complexos? Como construir o sucesso e como avaliá-lo?
A síntese do que foi apresentado indica que, cada vez mais, o sucesso deixa de ser uma meta individual para ser uma construção coletiva, só alcançável a partir da complementaridade dos diversos setores, governo, empresas e o terceiro setor. “É preciso juntar nossas capacidades, relacionamentos e, também, nossos recursos financeiros”, aponta Paula Fabiani.
O gerente do escritório de parcerias estratégicas do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Bernardo Guillamon, foi enfático ao afirmar que que somente trabalhando em conjunto será possível alcançar maior impacto nas ações sociais. Na mesma linha, o diretor da Fundação Ford Brasil, Átila Roque, disse que sucesso tem a ver “com criar um ambiente onde a sociedade seja menos desigual”. A diretora do BNDES, Eliane Lustosa, diz que o banco aposta nos endowments como importante instrumento para alavancar recursos privados e, consequentemente, resolver problemas complexos.
Os avanços tecnológicos e os impactos na área da filantropia foram tratados em dois painéis. O diretor da CAF Global Alliance, Michael Mapstone, explicou que a tecnologia de blockchain (cadeia de blocos), representa um novo protocolo de confiança, já que permite monetizar muitos ativos que também podem ser doados, como a propriedade intelectual, por exemplo. A doação, diz ele, não ficará mais restrita a tempo e dinheiro. O sociólogo Odino Marcondes fez uma reflexão com público ao dizer que vivemos sempre pensando no que vem pela frente. “O futuro não está lá distante, está aqui! Trago para cá como moldura e determino esse futuro”, acrescentou.
O Fórum também abriu espaço para mostrar o projeto Tecnologias Sociais no Amazonas (TSA), que conseguiu reduzir de maneira significativa o índice de anemia ferropriva em alunos da rede municipal de Borba. Uma análise, feita em 2016, apontou as carências das comunidades relacionadas a saneamento básico, tratamento de água e saúde. Com as demandas mapeadas, o IDIS buscou soluções no Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil. O diretor executivo da Fundação, Rogério Bressan Biruel, mostrou que atualmente o Banco de Tecnologias inclui projetos não só do Brasil, mas da América Latina e do Caribe.
O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é uma realização do IDIS e do Global Philanthropy Forum em parceria com a Charities Aid Foundation (CAF), Instituto C&A, Fundação Telefônica Vivo, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundação José Luis Egídio Setúbal, Fundação Banco do Brasil e Fundação Roberto Marinho. O evento é realizado anualmente, sempre com o objetivo de contribuir para a formação de uma comunidade de pares, para o fortalecimento das práticas de filantropia e investimento social no país. Todas as sessões do Fórum foram gravadas e serão disponibilizadas no canal do IDIS no Youtube.
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