Empresa de energia solar transforma ação em social em incentivo a produtividade

Funcionária da Solar City explica energia solar para estudantes

Funcionária da Solar City explica energia solar para alunos de escola na África

A empresa de energia norte-americana, Solar City, cujo presidente é o empresário Elon Musk, encontrou uma forma inovadora para dar mais energia aos seus funcionários ao levar eletricidade para escolas em países em desenvolvimento.

A SolarCity criou a Fundação GivePower que instala um sistema de iluminação por energia solar em uma escola a cada megawatt de energia que a empresa implanta para seus clientes. Em 2014, a GivePower instalou sistemas de iluminação em 511 escolas na África e na América Central.

E há um bônus para alguns funcionários de melhor desempenho da SolarCity: eles ganham viagens de cinco dias de serviços para instalar o equipamento. A concorrência é dura, pois a SolarCity tem mais de 13 mil funcionários em 80 centros em todo os Estados Unidos e apenas de 10 a 15 são selecionados para cada viagem. Há cerca de quatro viagens por ano.

“Os funcionários realmente se reúnem em torno do significado e do impacto”, diz Hayes Barnard, presidente da fundação.
A Fundação GivePower colabora com outros grupos de ajuda internacional, incluindo o BuildOn, que podem fornecer serviços de tradução e ajudar no gerenciamento da logística.

Ideia do funcionário

Barnard, que entrou na SolarCity há dois anos, diz que sua experiência pessoal ajudando a construir uma escola em um país em desenvolvimento para o BuildOn, o inspirou a sugerir que a Sola City colocasse seu conhecimento de energia solar em prol da causa de iluminação escolar. Eletricidade permite que as crianças estudem mais e que adultos tenham aulas à noite. Isso pode transformar a escola em um centro comunitário.

A SolarCity iniciou seu trabalho social em casos de catástrofe, usando doações da Fundação Musk para construir sistemas de energia solar em áreas devastadas pelo furacão Katrina, no derramamento de petróleo da BP, no desastre nuclear de Fukushima e no furacão Sandy.
De acordo com o Relatório de Impacto do Milênio 2014, os jovens estão interessados em trabalhar para empresas que fornecem oportunidades para que eles que querem ser voluntários.

Lyndon Rive, chefe-executivo da SolarCity, diz que as viagens internacionais têm sido um sucesso com os funcionários, que muitas vezes lhe enviam bilhetes de agradecimento pela experiência, e tem aumentado a retenção de talentos.

Texto extraído de notícia do The Chronicle of Philanthropy: https://philanthropy.com/article/Solar-Companys-Charitable/232453
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Voluntariado é bom para a sociedade e para a empresa; aprenda a fazer

Uma empresa é naturalmente um agregado de pessoas que trabalham por um retorno econômico. Mas por que não mobilizar os trabalhadores também para a busca de um retorno social? A iniciativa privada é um espaço especialmente privilegiado para a criação de projetos de voluntariado.

A principal pesquisa de solidariedade no mundo, o World Giving Index, da organização britânica Charities Aid Foundation, aponta o Brasil como oitavo país em número absoluto de voluntários – um ambiente propício, portanto, para programas corporativos nessa área.

As companhias colhem os frutos do envolvimento dos funcionários em ações sociais, segundo uma monografia apresentada no curso Administração para Organizações do Terceiro Setor, da FGV-SP. A pesquisa analisou as iniciativas de diversos grupos, como Itaú e Philips, e concluiu que “os ganhos indiretos do programa superam os investimentos, pois um funcionário que compreende as ações da empresa passa a respeitá-la pela transparência e se sente parte integrante da companhia e tende a produzir mais e melhor”.

Para ajudar a criação de projetos que consigam efetivamente atuar nos grandes temas nacionais, o IDIS publicou um manual  com um passo a passo. O texto defende que iniciativas desse tipo são mais bem-sucedidas quando envolvem todos os escalões da instituição.

Uma sugestão é começar com a formação de um comitê que mapeie ações já existentes, pesquisar os temas que mais interessam aos funcionários e mobilizar aqueles que queiram se tornar voluntários. Num segundo momento, o alto escalão deve ser envolvido, pois é a ele que cabe a decisão de alinhar o programa às diretrizes corporativas e de sustentabilidade do negócio.

O IDIS tem grande experiência em assessorar tanto empresas que querem montar seus planos de voluntariado quanto aquelas que pretendem dar mais efetividade a ações já existentes. Está interessado? Venha conversar conosco (http://idis.org.br/contato/).

Planejamento Estratégico Aumenta Efetividade de Programas de Voluntariado

Muitas das grandes empresas que atuam no Brasil têm programas de voluntariado, mas nem sempre esse tipo de ação atinge os resultados desejados. Para alcançar as metas estipuladas pela empresa é preciso pensar bem o que fazer e como atuar. É para isso que serve o planejamento estratégico, que pode ser aplicado tanto na criação de programas novos quanto no aprimoramento de projetos já existentes.

A Mapfre, gigante espanhola dos seguros, é uma das companhias que se deram conta da importância de aplicar o planejamento estratégico em suas ações sociais. A empresa já tinha um programa de voluntariado no Brasil, mas ele ainda não estava caminhando como esperado, por isso a iniciativa está sendo reformulada. “Nós estávamos desatualizados e recebemos novas diretrizes da Espanha. Como a cultura aqui é muito assistencialista, nosso programa adquiriu esse viés. Envolvíamos muito poucas pessoas, e percebemos que valia a pena atuar de outra forma”, explica Alessandra Gosling, analista de responsabilidade social da Fundación Mapfre, braço social da empresa. Para balizar o “relançamento” do programa de voluntariado, a organização passou por uma reflexão estratégica exclusiva para o tema.

“Quase todas as grandes empresas têm voluntariado, mas geralmente é uma ação sem estratégia, não integrada à empresa”, ressalta Adriana Deróbio, gerente de projetos do IDIS, que assessorou, em 2013, a Fundación Mapfre em seu processo de reavaliação. “Uma reflexão estratégica participativa é uma oportunidade de aprimorar pontos que não estão funcionando bem e fortalecer o que já é bem sucedido”, explica a gerente de projetos.

O planejamento é um processo complexo, que envolve tanto diretores quanto funcionários da empresa, bem como os beneficiários. Ele envolve uma série de procedimentos, como pesquisas, diagnósticos, estabelecimento de objetivos, desenvolvimento de planos de ação e até mesmo a criação de um manual que guie a ação dos voluntários. O objetivo é tornar o voluntariado mais efetivo, pois “os programas corporativos podem ter grande poder de transformação, já que envolvem muitas pessoas e ações para uma causa”, afirma Adriana.
Como a elaboração de um planejamento estratégico depende uma análise aprofundada dos vários elementos envolvidos no projeto, a Fundación Mapfre passou 2013 inteiro reavaliando seu voluntariado, que vai ser relançado este mês, de acordo com Alessandra. “Queremos oferecer uma gama de oportunidades mais permanentes de participação para nossos funcionários; antes, tínhamos apenas ações pontuais”, acrescenta a representante da Mapfre.

O planejamento estratégico, no entanto, não serve apenas para as empresas que querem aprimorar um programa já existente. Ele também é muito útil para quem está partindo do zero. Este é o caso da Fundação André Maggi, que está usando a ferramenta para criar um novo cenário futuro para seus Programas e Projetos. Entre eles, está o voluntariado dentro do Grupo Maggi, que atua em diversos setores, como o elétrico e o agrícola. “Nossos funcionários têm grandes expectativas em implantar um programa”, diz a supervisora social da fundação, Aletéa Rufino. O problema, segundo ela, é que “a empresa tem unidades em vários municípios, e administrar um programa é complicado nessa situação”.

No caso da Fundação André Maggi, que conta no momento também com assessoria do IDIS, a discussão sobre o voluntariado apareceu dentro de um contexto maior, em que toda a entidade estava passando por uma revisão estratégica. Como explica Aletéa, “o que é interessante para Cuiabá não necessariamente vai funcionar em um município menor”. A intenção é colocar diversas propostas para votação interna na empresa até novembro, e implantar um piloto no começo de 2015.

Aletéa, no entanto, admite que a conclusão do planejamento estratégico pode até ser que agora não é a hora de criar um programa de voluntariado. A representante da Fundação André Maggi explica o porquê da cautela: “É todo um trabalho que precisa ser muito bem pensado, por causa das pessoas que estão do outro lado, com as quais queremos trabalhar”.

Para saber mais sobre como o IDIS pode apoiar sua empresa ou organização tanto no planejamento estratégico como no desenho de um programa de voluntariado, entre em contato com comunicacao@idis.org.br.

Riovoluntário Lança Pesquisa Sobre Perfil do Voluntariado Empresarial

As empresas parecem estar cada vez mais preocupadas com o desenvolvimento de bons programas de voluntariado corporativo, segundo mostra a pesquisa “Perfil do Voluntariado Empresarial no Brasil”, recém-lançada pela organização da sociedade civil Riovoluntário. Das 89 empresas (de todos os portes e setores, que atuam em território nacional, sendo 61% delas na região sudeste) que responderam ao questionário, 45% possuem programas de voluntariado institucionalizado, com planejamento e orçamento anuais.

A seriedade com que o voluntariado empresarial vem sendo encarado pelas empresas reflete-se num maior engajamento dos colaboradores nessas ações. Segundo o estudo, as empresas que apresentam níveis de mobilização de seus funcionários acima dos 10% têm programas institucionalizados. Mas para as empresas, o principal fator responsável por aumentar o grau de participação dos colaboradores no serviço voluntário é a presença do profissional comunicação interna comprometido com o programa (79%).

Outro fator que contribui para o incremento da participação dos colaboradores, na avaliação dos entrevistados é o engajamento da diretoria. Para 84% deles, a existência de uma diretoria participativa está fortemente vinculada ao sucesso de um programa de voluntariado empresarial. No entanto, somente 25% das empresas declararam que seus diretores participavam maciçamente das ações de voluntariado incentivadas pela empresa.

A fim de promover a participação dos colaboradores em ações voluntárias, as empresas: estimulam a atuação em programas sociais da própria empresa (73%); oferecem recursos para os projetos em que os voluntários atuam (63%); apóiam a formação de grupos de voluntários (63%); divulgam oportunidades de serviços voluntários (61%); e premiam e/ou divulgam a atuação de voluntários em eventos e publicações (54%).

44% das empresas respondentes disseram que preferem planejar as ações de voluntariado durante o horário de trabalho, e realizá-las fora desse horário. Apesar desse dado, o estudo revela que 43% das empresas pesquisadas dispensam funcionários durante o expediente para a realização de serviço voluntário. O levantamento ainda indica que 18% das empresas valorizam a experiência em serviço voluntário na hora de contratar novos funcionários.

Independente do grau de institucionalização dos programas, as campanhas de doação são as que mobilizam um maior número de pessoas (71%), bem como as ações pontuais (51%). As ações continuadas, nas quais o voluntário pode desenvolver todas as suas potencialidades e experimentar o trabalho em equipe, com recursos escassos, mobilizam apenas 36% dos colaboradores. Isso, de acordo com a pesquisa, mostra que o voluntariado social não é uma cultura consolidada na sociedade brasileira.

O que mais motiva as empresas a desenvolverem programas de voluntariado é o desejo de atender as necessidades sociais das comunidades que estão em seu entorno (38%) e de fortalecer o relacionamento com essas comunidades (27%). Como era de se esperar, a maioria dos programas incentiva ações de voluntariado voltadas para a área da educação (72%), com público-alvo prioritário em crianças e adolescentes (79%). Mas surpreendentemente, ações voltadas para o meio ambiente têm grande atenção das empresas (54%), aparecendo à frente de áreas como saúde, esporte, lazer, assistência social e cultura. E ações voltadas para idosos aparecem em segundo lugar no ranking dos públicos-alvos prioritários, à frente do atendimento à família e adultos em geral. As atividades administrativas, nas quais o voluntariado empresarial poderia contribuir muito, aparecem como a última opção de ação voluntária a ser incentivada pelas empresas, com apenas 19% das citações.

Embora 28% da amostra não tenham um orçamento anual pré-fixado para ações de voluntariado, 19% das empresas investem mais de R$ 200 mil anuais nessas ações. 49% das empresas analisadas possuem uma equipe com duas ou mais pessoas dedicadas à promoção do voluntariado. 18% das empresas afirmaram contabilizar as horas dedicadas fora do horário de trabalho como investimento social da empresa. Mas apenas 43% delas afirmam possuir indicadores de avaliação do voluntariado.

Além de trazer dados quantitativos, a pesquisa apresenta textos de Joana Garcia, Fernando Rossetti, Paulo Haus Martins e Paulo Itacarambi sobre voluntariado empresarial e 29 casos desenvolvidos no Brasil.

Clique aqui para ler a íntegra da pesquisa.

 

 

Voluntariado Empresarial Como Ferramenta de Gestão de Pessoas

Elaborada por Alessandra A. Cherubino Luz, Ana Lúcia Caloi Neves, Élica Fernandes, Norival de Oliveira e Tatiana M. Otani, em agosto de 2004, a monografia mostra como o voluntariado empresarial, mesmo não sendo implantado com a finalidade de “gerir pessoas” ou “humanizar relações”, acaba proporcionando mudanças comportamentais positivas naqueles que dele fazem parte.

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